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cortei o cabelo

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Faz alguns anos que cortei o cabelo e voltei a deixá-lo natural e esse ainda é uma tema que mexe comigo. Quem tem cabelo crespo sabe o peso que ele carrega durante toda a vida. Eu lembro como se fosse hoje do dia que minha mãe fez um “rabo de cavalo” (estava mais para um coque abacaxi ou afro puff) no meu para que eu fosse a um evento. Pra quem não sabe, o normal era deixar bem preso com coques ou tranças. Meu penteado tradicional era dividido ao meio com dois mini coques. A sensação de ser “aceita” por conta de um simples rabo de cavalo no auge da infância foi marcante.

O penteado que eu achava lindo… o mundo não!

Eu me senti tão bonita com aquele penteado novo. Lembro que fui a um bailinho de Carnaval e pela primeira vez um menino me paquerou. De alguma forma eu associei tudo aquilo (o penteado novo e dentro do padrão e ter sido paquerada) a minha beleza.

E olha que eu nunca fui de ouvir gracinhas sobre minha pele, cabelo e ficar quieta. Pelo contrário, me defendia e virava o jogo sempre! Mas tudo que você escuta, dentro e fora de casa, fica guardado em algum lugar. E quando você cresce, vira uma mulher, não sabe o que é aquilo ou como lidar. Até tomar consciência de tudo leva tempo, é desgastante e é solitário!

Hoje o tema cabelo está tão em voga e eu amo que esteja, de verdade! Mas ainda existe um hiato dentro do assunto. E apesar de ter empurrado esse post durante um bom tempo, achei que era o momento de falar o que EU sinto.

Cabelos cacheados são aceitos. Claro que depois de anos de uma luta insana (que continua). Cabelo crespos não são aceitos! A gente não passa em testes, não somos chamadas para campanhas publicitárias pra sermos maioria e protagonistas. Quando somos chamadas é pra cumprir tabela. A gente atropela olhar torto e risadinhas todos os dias. Mas a partir do momento que se toma a decisão de assumir seu cabelo crespo, sua identidade, saiba que essa será uma luta que vai precisar encarar.

Foto: Carlos Leandro

E toda vez que alguém afirmar que é só um cabelo, seus olhos vão revirar. Toda vez que uma mulher afirmar que prefere continuar alisando, relaxando e fazendo outros mil tratamentos, você vai entender e apoiar. A decisão de ter um cabelo crespo num mundo que não acha ele bonito o suficiente só pode ser sua. Mas se quiser um incentivo também vai encontrar. O orgulho de levantar a cabeça, literalmente, e ver que está tomando sua decisão baseada nas suas escolhas e não na pressão dos que ditam regras, ninguém apaga.

Meu cabelo  é crespo demais, aceitem! <3

Quando cortei e me vi pela primeira vez

 

Finalmente cortei o cabelo como já havia falado aqui. Não foi em outubro como prometido, foi um pouco antes do meu aniversário de 33 anos. Eu sei que a mudança no cabelo é só um reflexo do que eu sinto por dentro e exatamente por isso foi um marco. Assim como perder 12 quilos, cortar o cabelo me deixou com a sensação de que eu posso tudo o que eu quiser. Pode parecer um ato simples, e é mesmo, para muitos, mas pra mim foi uma senhora transformação, por dentro e por fora.

Algumas vezes é preciso sair da zona de conforto, se arriscar mais e passear pelas possibilidades. E são tantas!

Não é fácil deixar de usar química no cabelo depois de anos e anos, mas quer saber: tô curtindo. Estou me descobrindo. É muito bom poder se reinventar. <3.

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Corte: Marília Gabriela Souza

Como prometido o post da Live que fiz no @instagram vai ficar fixo aqui no blog. Sempre que quiserem lembrar de alguma coisa é só aparecer por aqui.
 
Contei lá que meu amor por acessórios, em especial os brincos grandes e coloridos, aumentou quando cortei meu cabelo bem curto pra passar pela minha transição capilar. Foi ali que decidi que os brincos seriam meus aliados.
 
Dica 1: Perceba o que você gosta! 
 
Brinco, anel, cordão, pequeno, grande, colorido, prata ou dourado? Definiu o que te chama atenção? Agora começa a salvar numa pasta do seu computador, no celular, aquela bandeirinha do instagram é perfeita pra isso. Temos ainda o Pinterest. Depois foca no acessório que mais curtir e a partir dele vai testando combinações que te agradam.
 
Se você for discreta: aposte em peças delicadas e com cores mais neutras.
Se você for mais ousada: aposte em peças com formatos diferentes e bem coloridas.
Dica 2: Se você ainda se sente inseguro
 
Se joga na roupa preta, cinza ou branca. Ajuda muito pois você só vai se preocupar com os acessórios, não vai ficar pensando que suas misturas vão brigar com a roupa que você está usando.
 
Dica 3: Alguns lugares para encontrar os acessórios dos sonhos
 
Brechó: larga de preconceito! Em brechó a gente encontra cada coisa linda, exclusiva e com preços justos. Melhor lugar para achar brincos para ir a um evento como um casamento!
 
Feiras como a do Lavradio, aqui no Rio, também são ótimas para esses achados. Falando de lojas que eu amo e estou sempre de olho: Amaro, Renner, Quixotesca e Josefina Rosa Cor.
 
Pra terminar o post: se joga! Não deixe ninguém te ditar regras do que pode e não pode. Tudo bem se você tentar e não gostar. E por último, segura seu look se você se sentir perfeita nele! <3

Há 5 anos eu escrevia meu primeiro post. O blog se transformou no lugar onde eu mais me reconheço e que me acolhe em todos os meus momentos.

Aqui divido minhas alegrias e crises. Me sinto em casa e sendo honesta comigo mesma em todas as minhas fases.

Vivo um momento de inquietações e com muitos problemas pra encarar, mas sinto que colocar meus sentimentos aqui me ajuda de alguma forma a seguir.

Separei 5 momentos do blog que marcaram minha vida e que espero rever daqui a há 5 anos e achar incrível todo esse processo.

1: Quando falei da minha crise de pânico abertamente

Quando decidi falar sobre o tema meu coração ficou disparado. Após anos de terapia eu finalmente estava digerindo o assunto. Poder falar dele abertamente era praticamente como um sinal de “cura”. Não é nada tranquilo encarar nossos fantasmas e traumas. Falar disso sem filtros me fez notar que eu estava me fortalecendo cada vez mais.

2: Meu corte de cabelo

Eu fiquei um ano com o cabelo preso para passar pela tal transição capilar. Foram muitos momentos de: o que eu estou fazendo? E ao mesmo tempo uma fase que me vi arrancando todos os padrões que me enfiaram goela abaixo. Fiz uma escolha que eu nem sabia que poderia fazer. Que coisa de doido, né?!

Eu finalmente estava fazendo uma escolha e não era apenas sobre um corte de cabelo! <3

3:O post: negros também casam

Antes do InspiraTerapia eu tinha uma blog de casamento (quem lembra do: Nossa História?). Ele foi muito importante na época que eu e o Edson estávamos planejando nosso casamento. Na época, meio que sem querer, a gente queria se inspirar em casais negros pra ter nossa identidade e era quase impossível encontrar inspirações por aqui. Até hoje (quase 10 anos depois) pessoas falam com a gente que nosso casamento foi inspirador nesse sentido.

Esse post, Negros também casam, foi muito especial. De certa maneira, passar por algumas situações e tirar delas o melhor que a gente pode faz tudo fazer sentido.

4: Meu primeiro vídeo no YouTube

Pra quem queria ser atriz e se tornou jornalista, ter vergonha de se expor é no mínimo algo controverso. Rs

Mas o medo do que o outro vai pensar sobre mim sempre me perseguiu. Por outro lado eu sempre encarei meus medos mais absurdos. E colocar minha cara no Youtube foi desafiar esse medo. E entre erros e acertos sigo por lá.

5: Minha primeira viagem internacional sozinha 

Até agora nem acredito que fui capaz de realizar isso! Eu sei que pra muita gente é algo banal.

Gente, a menina da Colônia/Curicica chegou mais uma vez . E se antes era difícil entender que preciso comemorar meus feitos, agora eu sei e faço com gosto. E se eu pudesse falar pra você que chegou até aqui uma coisa do fundo do meu coração seria: não diminua seus feitos, seus processos. Só você sabe dos tombos, das dores, das lágrimas e as moedinhas que juntou no perrengue pra realizar algo que pra você é importante.

No último dia 29 completamos 4 anos do blog. Tudo começou com a minha necessidade de ter um espaço pra me distrair.  Pra falar de moda, beleza, viagem e das coisas que aconteciam na minha vida. Tudo sem pretensão alguma. Sim, como terapia mesmo.

O tempo foi passando e eu percebi que aqui era muito mais que um lugar para falar de look do dia e do batom do momento. Ele se transformou no lugar onde eu mais me reconhecia e que me acolhia em todos os meus momentos.

Foi aqui que consegui entender todas as transformações que acontecem na minha vida, por exemplo. Desde um “simples” corte de cabelo, que me mudou pra sempre, até a maneira como eu me visto.

Quando eu senti pela primeira vez essa sensação de liberdade, imediatamente entendi que eu precisava incentivar outras pessoas a sentirem o mesmo. Aqui entra a parte da Inspiração!

Como assim eu posso ter o cabelo que eu quiser? Vestir a roupa que eu tiver com vontade e isso influenciar até nas minhas decisões sobre a vida? Rs Parece óbvio, mas pode ter certeza que pra muita gente ainda não é! O InspiraTerapia é sobre liberdade, é sobre seguir seu caminho sendo quem você quiser ser.

AUTOCONHECIMENTO: liberdade de usar o que você quiser sem medo de julgamentos e ir encontrando o seu estilo.

BELEZA: se olhar de verdade pela primeira vez.

VIAGEM: descobrir coisas incríveis por todos os lugares que você passar.

VIDA REAL: ler um texto da Juliana Borel, nossa primeira colaboradora, e se emocionar profundamente.

AMOR PRÓPRIO: descobrir que pra sentir amor próprio você não precisa seguir padrão algum e no meio do processo encontrar a segunda colaboradora do blog, Lanna Schmitz, em seu momento mais delicado da vida desabrochar diante dos seus olhos.

Foi aqui também que eu morri de orgulho ao sentir ainda mais forte o companheirismo do meu Edson. Sempre topando minhas loucuras e me incentivando a voar e a fazer o que me faz feliz: ser eu mesma.

Muito OBRIGADA a cada um que entra aqui no blog, que curte as postagens do instagram e assiste os vídeos do canal do YouTube. <3

 

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