Mulheres me inspiram o tempo todo. Nem sempre foi assim. Em algum momento da vida aprendemos que deveríamos ser competitivas umas com as outras. Ainda bem que o mundo anda mudando. Pra uns é exagero, mimimi, modinha. Pra outros, chegou a nossa libertação. Eu, como vocês sabem, fico com o segundo time.
Quando eu me vi em outras mulheres foi exatamente quando eu me conectei comigo mesma. E vi amor e vi beleza. Quando a gente admira, apoia e levanta outras, estamos fazendo isso por nós mesmos também!
Era um fim de domingo, do outro lado da linha a Dri. Ela queria me contar que leu um post do blog e que ele tinha despertado algo nela. Eu fiquei num misto de emoção e medo. A responsabilidade de despertar o melhor no outro, sem ego, sem ser irresponsável é uma preocupação constante.
A Dri passa por seu processo de autoconhecimento e através desse relato pessoal disse que gostaria de se desafiar e sair de sua zona de conforto. Nosso objetivo é dar a ela seu lugar de fala, a incentivando a se amar mais e a inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo. Espero que a gente consiga.
Cresci em uma família que sempre cultuou o corpo. Meus pais e meu irmão, 6 anos mais velho, sempre frequentaram academias de ginástica (minha mãe foi sócia de uma por 20 anos!) enquanto eu queria distância de todas elas.
Na infância, me puseram pra fazer de tudo um pouco. Natação, tênis, ginástica olímpica, ballet, sapateado, jazz. Me dava bem em todas as atividades porém, a partir dos 12 anos, eu travei. Entrei na puberdade e meu corpo simplesmente começou a inflar. Virei alvo de olhares tortos na família, afinal eu era a única “fora do padrão” ali. Na escola sofria um certo bullying. Tive depressão que controlo até hoje pra não ter recaídas.
Na época eu até tirava fotos de corpo inteiro mas elas seriam vistas quando e por quem eu quisesse. Hoje, aos 41, lembro que o único ensaio fotográfico mostrando o corpo inteiro foi pro meu álbum de 15 anos.
O pânico começou mesmo depois que surgiram as redes sociais. Foto, só de rosto ou bem de longe. E é assim até hoje. Há uns anos, uma conhecida curtiu uma selfie minha e comentou “sempre linda, que rosto lindo!”. Aquilo me incomodou de tal forma que eu pensei: rosto lindo… preciso conseguir postar fotos de corpo inteiro sem medo! Anos se passaram e eu continuava postando só selfies. Até tirava foto de corpo inteiro mas logo apagava todas elas.
Um dia, tirando mais uma selfie, caí em prantos quando realizei que aquela seria “apenas mais uma foto de ROSTO”. Lembrei do blog da Anna Deise, o InspiraTerapia (que nome perfeito!), que fala muito sobre aceitação e autoestima. No mesmo instante, ainda chorando, liguei pra ela como uma esperança, um pedido de ajuda. O copo havia transbordado! Quase não conseguia falar. Eu precisava de uma carga de coragem pra mudar e sentia que ela poderia me ajudar pois ela saberia entender a minha aflição.
Perguntei se toparia fazer uma matéria sobre isso no blog dela incluindo fotos minhas de corpo e ela nem pensou duas vezes. A empolgação dela me deu o gás que eu precisava! Marcamos um encontro pra conversarmos melhor e pra iniciarmos o projeto. Foi uma verdadeira terapia rsrs! Não foi a toa que logo pensei no InspiraTerapia pra me tirar do buraco chamado “baixa autoestima“.
Não demorou muito para marcarmos o dia do ensaio. Quase não conseguia dormir de tanta ansiedade. Será que eu conseguiria relaxar em frente da câmera? Será que eu conseguiria sair bem nas fotos? Será que as roupas cairiam bem? Será isso, será aquilo? Só sei que no dia D eu parecia estar anestesiada de tanto que eu estava relaxada! Estar com a Anna e a equipe me fez ficar extremamente tranquila! De repente surgiu a confiança (um pouco pelo menos kkk) necessária pra ficar tão à vontade para as lentes!
Como eu disse pra Anna assim que a Renata (maquiadora) começou a me maquiar, eu “estava saindo da minha zona de conforto” e, que saber? Eu estava de fato muito confortável! Amei a experiência e repetiria mil vezes!
A partir de agora, vai ser um exercício tirar foto sem ser selfie e tentar não deletar todas elas. Um passo de cada vez. Como a maquiadora disse: “é importante que toda mulher se veja pelas lentes de um profissional. Toda mulher deveria fazer pelo menos um ensaio fotográfico pra saber como ela é vista “de fora”, sem o auto julgamento“. Eu consegui quebrar essa barreira e recomendo que todas façam o mesmo! Afinal, somos todas DIVAS!
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