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A vida cobra da gente desde muito cedo uma das decisões mais difíceis de serem tomadas: que profissão seguir?

Para alguns pode ser mais fácil, porém para a grande maioria a pergunta vem acompanhada de medo, ansiedade e indecisões que nos atormentam durante anos e algumas vezes uma vida inteira.

Se por um lado os tempos mudaram e hoje é comum vermos alguém formado em direito trabalhando como DJ ou uma médica que resolveu abandonar tudo para se tornar chef de cozinha em busca de felicidade, as infinitas possibilidades também servem para nos confundir e pressionar ainda mais.

E pensando nessas decisões que temos que tomar diariamente sobre quem somos, como nos colocamos para o mundo e o que buscamos para nossa realização pessoal e profissional que criamos esse editorial.

Eu e Lanna somos amigas e dividimos sonhos juntos, nos apoiamos e ouvimos as inseguranças da outra. Sororidade também no que se refere às escolhas de vida e carreira.

Nesse  texto a quatros mãos, e nos depoimentos pessoais a seguir, a gente quis compartilhar um tema que é quase um tabu: falar de carreira, de mudanças, de inseguranças e das nossas batalhas do dia a dia.

Foto: Carlos Leandro

Por Anna

Desde que me entendo por gente imagino que poderia ter apenas duas possíveis opções do que ser na vida: atriz e/ou jornalista. Como não tive apoio/incentivo pra seguir a primeira opção, me joguei com tudo na segunda.

As características de atriz continuaram pela vida real. Dramática, sensível, ao extremo, engraçada (e modesta! rs) e com um talento absurdo pra esconder meus reais sentimentos. Essa última característica fazia mais mal do que bem! Tratei de lidar com a situação e de 8 pulei pro 80 e sigo tentando equilibrar.

Segui meu instinto e fui com tudo no jornalismo. Faculdade, estágios, empregos, rádio, produção, pós-graduação e cheguei, bem, diga-se de passagem, a um lugar que muita gente que encontrei dentro da área foi desistindo por opção ou imposição. Já são mais de 10 anos!

Mas avaliando sob o meu ponto de vista, sempre deixei o destino conduzir pra onde ele queria que eu fosse. Bem coisa de gente que tem medo de arriscar. Ou que pelo menos tinha!

Há mais ou menos 2 anos o destino, mais uma vez, me levou pra um caminho que não imaginei, o do empreendedorismo. Sim, tenho minha própria empresa de comunicação e eventos com minha amiga de anos nessa jornada , a Paulline.

Como já era de se esperar passamos por muitos percalços e desafios até entendermos que agora chegou a hora de “mostrar a nossa cara”. Pela primeira vez,  anteriormente apenas prestávamos serviço para outras empresas, tomamos a decisão de fazer acontecer com a nossa assinatura. Rola frio na barriga, mas também a certeza que vamos seguir com força, alma e conexão.

É a primeira vez na minha trajetória profissional que eu decidi que caminho seguir, ciente de que temos que tomar todas as rédeas e direções.

Conheço mais histórias de gente que largou tudo pra recomeçar do que a de alguém que escolheu uma profissão e se realizou nela ao longo do processo. Então, seguimos agora em busca da nossa verdade.

Acredito que precisamos ser profissionais, sem deixar de ter personalidade. Sermos honestas com nós mesmos e com a nossa imagem real e verdadeira! E no meio de tantas questões ainda tem o tal do propósito tão em voga. rs

Eu acho que quando a gente começa ter real noção do que quer pra nossa vida profissional baseado naquilo que a gente acredita pra nossa vida pessoal é que o caminho pra esse enigma esta sendo traçado. Inclusive, com todos os possíveis  tropeços e recomeços.

Tem uma frase da Thais Farage que eu amo e volta e meia ecoa na minha cabeça: quero ser a “dona do meu rolê“!

Por Lanna 

Eu nunca soube exatamente o que eu seria na minha vida. Quando criança a resposta ia de médica a super star (juro, eu falava isso…). Depois percebi que eu passava mal com sangue e não sabia cantar ou representar.

Mas eu tinha outros dotes, sempre aprendi tudo muito rápido e continuo procurando meu caminho até hoje.

Eu sou empreendedora por natureza. Se você já leu outros textos meus já me viu falar que na minha mente eu criei uns dez negócios diferentes só esse ano.

De faculdade, fiz Direito, História, Cenografia, Arquitetura e MBA em Administração. De empregos fui de informática, professora, técnica, advogada, assessora executiva, designer, decoradora e blogueira (devo ter esquecido algumas aí no caminho, certamente).

A conclusão disso é que eu simplesmente não paro!

Sempre invento algo novo, busco um objetivo diferente, mudo com o tempo e, apesar de ser difícil de acompanhar minha onda (mamãe que o diga), eu me orgulho de ser assim.

Não é fácil para mim também.

Quer saber a pergunta mais difícil para eu responder? “O que você faz?.”

Eu gelo quando escuto isso. Porque eu faço tanta coisa! E eu não quero parar de ser assim, porque isso é quem eu sou. É a minha realidade!

Posso ter minhas dúvidas, angústias, sucessos e falhas, mas continuar buscando o sonho do momento (para mim nunca é um sonho pela vida, é pela fase da vida em que eu estou vivendo momentaneamente) é como continuarei! Às vezes preciso recuar um pouco, me recompor, pensar no próximo passo, mas o mais importante é ser fiel a mim mesma, que é como eu busco levar minha vida nesse momento, imaginando, planejando e fazendo acontecer.

Agradecimentos:
Cidade das Artes  | @cidadedasartes_
Restaurante Tasca do Filho d’Mãe | @tascafilhodamae
Looks: Izola  | @izola.rj
Make: Renata Santana | @renatasantanamakeup
Fotos: Carlos Leandro | @carleandrofoto
Vídeo: Baião de Tr3s Produções | @baiaotr3s | www.b3producoes.com.br

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